O governo federal sinalizou favoravelmente à liberação de recursos para a safra de arroz, que se inicia em fevereiro. Em encontro com o secretário de Política Agrícola, José Maria dos Anjos, o setor orizícola recebeu a garantia de que, tão logo seja votado o orçamento da união, o governo irá liberar recursos para leilões de contratos de opção e Aquisições do Governo Federal (AGF), caso os mecanismos se façam necessários.

Segundo Marco Tavares, assessor do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), os arrozeiros solicitaram o escoamento de 850 mil toneladas através de leilões de contratos de opção e de R$ 500 milhões para AGF. “Os recursos ainda precisam ser votados pelo Legislativo e sancionados pelo Executivo”, afirma. A previsão é de que o orçamento seja votado ainda em fevereiro.

O setor solicitou, também, o mecanismo de Premio de Equalização ao Produtor Rural (Pepro). Para o presidente do Conselho Consultivo da Federarroz, Valter Pötter, o Pepro dá garantia de preço mínimo no momento que for necessário. “A vantagem é o pagamento do prêmio direto ao produtor, além de não necessitar de armazéns credenciados à Conab”, diz.

Para os Empréstimos do Governo Federal (EGF), o setor iniciou negociações com o Banco do Brasil para implementar os recursos como nas safras passadas. “Também começamos a negociar o Preço Meta”, completa Pötter, ressaltando que, no mecanismo, o governo federal estipula um preço com antecipação e, em caso de necessidade, o produtor vende o seu arroz ao mercado através da Bolsa de Mercadoria. Se for abaixo do Preço Meta, o governo ressarciria os arrozeiros.

No total, o setor solicitou R$ 400 milhões para EGF e R$ 500 milhões para AGF, totalizando R$ 900 milhões. O presidente da Câmara Setorial do Arroz, Francisco Schardong, também participou da reunião em Brasília, nesta quinta-feira (24-01). As informações são da assessoria de imprensa do Irga.